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       P.S: Diana, eu entrei no seu blog, e como é de terror e são quase 01:30am, fiquei com medo. Hahaha, adoro terror! Mas depois (num dia claro), entrarei. Nesse exato momento, prefiro não arriscar... Haha. Beijos!

      

       Divulgadas! :)

NICK ON


       Acordei com a claridade do lado de fora que iluminava o quarto. Minha cabeça latejava pra caramba. Porra Nicholas... parabéns e beba mais na próxima vez! Vi que Demi estava ao meu lado, mas não conseguia acreditar que aquilo era verdade. Fiquei assistindo-na dormir como um anjo com cara de retardado. É... a Demi foi capaz de fazer isso comigo.
      Até que ela acordou, sorri de canto feito um idiota.
- Hm... Ahhhhhh! - ela levantou de uma vez me olhando com os olhos arregalados.
       A encarei franzindo o cenho sem sair da posição que eu estava.
- Eu sou tão feio assim?
- O que você tá fazendo aqui garoto? - me perguntou cerrando os olhos para mim. Evitei uma risada.
- Você tá de brincadeira, né?
- Por que estaria? Eu nem te conheço!
- Então você sai dando pra qualquer cara? - indaguei irritado.
- Olha como fala comigo, moleque. - disse apontando o dedo indicador em direção ao meu rosto.
- Moleque? - ri - Primeiro que você que insistiu pra que eu ficasse aqui. Segundo que, já que não conhece o moleque, porque fez o que fez? Vulgo, ir pra cama comigo. Sem comentar do seu pijama tamanho infantil que você usou na frente do cara que julga desconhecido. Ficou maluquinha pra me possuir noite passada e agora vem com essa. Você tá ruim da cabeça mesmo, hein?
- Como se você não tivesse gostado, né querido? - fez cara de deboche.
- Nem é convencida... Mas eu já estou indo embora. - falei levantando da cama, ignorando o fato de achar que ela estava tirando uma com a minha cara se fazendo de desentendida, e fui em direção do banheiro segurando o lençol ao redor da cintura.
       Nicholas Jonas estava com vergonha de ficar nu na frente daquela mulher. Que piada! Mas eu realmente estava. Isso é sério.
- Por que? - perguntou manhosa se aproximando de mim.
- Porque você não me conhece, ué. - respondi dando uma risadinha cínica.
- E você acreditou? - sussurrou no meu ouvido se erguendo um pouco, já que sou relativamente maior que ela. Aquele ato dela me causou um arrepio insano.
- Ér... que engraçadinha... - falei meio nervoso. O que estava acontecendo comigo? Eu parecia a garota e Demi o machão!
- Você vai mesmo? Fica mais um pouco... - sussurrou provocativa em meu ouvido me abraçando por trás. E ela estava... sem roupa.
- Demi, você tá bem? - me virei e segurei em seus ombros indagando olhando-na nos olhos. Mas não pude deixar de reparar em seu corpo.
- Tô muito bem. - sorriu maliciosa, me analisando ao ver que eu tinha me soltado do fino lençol.
- Bom que esteja. - ri nervoso pegando o lençol num vulto, envolvendo em minha cintura e dei um sorriso amarelo para ela que sorriu maroto.
       Me dirigi ao banheiro e pude sentir que ela me seguiu. Fingi não perceber, mas ela não se importou.
- Você vai tomar banho? - perguntou dando um sorriso sapeca.
- O que você acha? - ri com ironia.
- É porque eu vou também.
- O quê?! - indaguei em alto tom.
- Ué... - veio em minha direção - o que você acabou de ouvir - colocou a boca próxima a minha orelha sussurrando logo após. - eu vou também.
- Não você não vai. - falei firme me soltando dela e entrando no boxer - Olha, eu não sei o que deu em você - liguei o chuveiro e me molhei - mas pra quem não sabia nem quem eu era ontem a noite, hoje você tá muito estranha.
       A vi sorrir malicioso e entrar no boxer, não dei bola.
- Efeito da droga que eu provei: você. - sussurrou provocativa em meu ouvido e passou a beijar meu pescoço.
- Demi... - chamei restritivo. Ela nada respondeu descendo os beijos para minha barriga. Suspirei tentando conter a excitação.
- Demi, pára. - falei tentando manter a respiração normal.
- Ah, não vem dizer que não tá gostando...
- Não é isso, é que... Ahh
       Fechei os olhos ao sentir meu membro sendo masturbado.
- Demi, pára, você não tá bem.
- Você tá recusando carícias de uma mulher nua na sua frente e eu que não estou bem? - disse me olhando, sorriu maliciosa - sei não, hein - então ela abocanhou meu membro com todo o desejo me encarando provocativa. Po... porra! O que ela tava fazendo? Querendo me dar um ataque cardíaco? Estava praticamente conseguindo. A água escorrendo pelo meu corpo me dava ainda mais prazer.
- Ah... não... - sussurrei com o prazer e ela riu, acelerando os movimentos. Gozei rápido.
- Então... - sussurrou em meus lábios - eu sei que você gostou.
       Encarei seus lábios carnudos e rosados, e seu corpo em contato com o meu. Tremi com os pensamentos maldosos e não resisti atacando aqueles lábios doces e macios, nossas línguas se exploravam e acariciavam-se. A pressionei contra a parede ouvindo-na gemer e a coloquei em meu colo penetrando com força de uma só vez.
- Ahhhhh!!!!
- Gosta disso? - perguntei firme e provocativo chupando seu pescoço.
- Muito! - gemeu alto fazendo caras e bocas enquanto eu estocava fundo.
- Acha que valeu a pena me provocar? - sussurrei rouco em seu ouvido estocando cada vez mais rápido e forte.
- Com certeza... - gemeu em meu ouvido arranhando minha nuca o que me fez soltar um gemido baixo.
       Continuei investindo aceleradamente enquanto ouvindo Demi suspirar e gemer meu nome.
- Awww, não para! - gritou fino e pude senti-la gozar, despejei junto a assistindo tremer. Desacelerei os movimentos aos poucos.
- Você é muito gostosa, mas eu cansei. - falei baixinho diminuindo ainda mais os movimentos, a ouvi soltar um suspiro frustrado.
       A coloquei no chão e ela atacou meus lábios invadindo minha boca com sua língua molhada e quente. Ambas se batalharam por alguns minutos e cessei o beijo experimentando seu pescoço com a língua e dando leves mordidas no final.
- Você é o melhor. - ela sorriu pra mim e eu ri rouco em resposta.

- Então ele te deu uma bronca? - Demi deu uma risada gostosa me fazendo rir também.
- Foi. Parece mais meu pai, mesmo sendo meu irmão gêmeo e eu tendo nascido primeiro. Ele é, definitivamente, muito mais maduro que eu.
- Eu gosto do Andrew... ele é um cara legal. - disse dando um gole em seu suco de laranja.
- Mais que eu? - fiz um bico e ela me deu um tapa de leve.
- Ah, bobo! Mas sério... quero voltar pra faculdade logo. Pena que vou ter que ralar pois posso ficar de pendência.
- Acho que você consegue. - falei a encarando devorar um misto quente e já fazendo outro. - Nossa... você come pouco, hein.
- Cala a boca. - resmungou tomando um gole de suco e mordendo uma torrada.
- Ok. - falei em tom de defesa e me levantando da mesa.
- Você come pouco demais... é por isso que não é tão gostoso como eu.
- Ah, não sou? - cerrei os olhos para ela e a vi encarar meu abdomen.
- Tá... você é um pouco. - disse convencida.
- Hum... eu vou vestir minhas roupas.
       Demi assentiu e fui até o quarto pegar minha camisa e a vestindo, passei a mão assentando alguns fios de cabelos e voltei para a sala.
- Ei gulosa, eu estou indo embora. - me despedi dando-lhe um beijo na bochecha.
- Engraçadinho... mas já?
- Claro. Você com certeza já tem noção de como é meu irmão.
- Ok. - suspirou derrotada e me deu um selinho.

       Peguei um táxi e fui pra casa. Tive que tocar a campainha pra poder entrar, óbvio. Andrew abriu a porta com uma expressão de desgosto indescritível no rosto, mas ignorei.
- Tava aonde? - perguntou sentando-se no sofá.
- Por aí...
       Ficou por isso. Fui pro meu quarto, tomei uma boa ducha, já que as roupas que eu vestia ainda so dia anterior fediam à alcóol. Depois só quis saber em dormir. Sonhei que Demi ria e se divertia comigo em um lugar que desconheço, falávamos dos assuntos mais diversos. Maravilhoso... Acordei com o toque do telefone.
- Acorda!!! - Taylor sem vergonha.
- Qual é, mané?! - falei com preguiça.
- A noite foi boa, hein?
- Demais - ri malicioso.
- Uau.. Quem foi a vítima?
- Hm... - pensei - uma amiga minha.
- Eeee! - provocou.
- E você?
- Aquela loira que estava na entrada.
- Nossa... conseguiu mesmo.
      Ficamos conversando por bastante tempo.
       Depois já era a noite, e depois de muito tempo, me surpreendi com Andrew que quis sair pra algum lugar comigo. Aceitei de boa e foi até bom.
       É, parecia que finalmente minha vida havia entrado nos eixos de novo. Eu falando com a Demi, meu irmão se dando bem comigo, mesmo passando por algumas desavenças. É, era a minha vida de poucos meses atrás de volta me fazendo matar a saudade.



NEMIAN ON

       Olá! Tudo bem com vocês? Comigo tá tudo ótimo, graças á Deus. Demorei pra postar, mas tá aí. Sejam bem-vindos á minha mente novos seguidores, e aproveitando para agradecer pelos comentários no capítulo anterior a quem teve a doce atitude de comentar!
       Bem, tenho que avisar logo que, esse ano não vou ter tanto tempo disponível pra estar postando. Último ano de colegial e mal começou o ano e já estou cheia de obrigações, e me sentindo pressionada devido á tanta coisa acontecendo tão repentinanente. *suspiro profundo*
       Sem falar que quero não só me dedicar ainda mais aos estudos, como também á família, amigos... Estive muito presa á internet nesses últimos 2 anos e eu não quero isso pra mim em 2013. Detesto rotina, então pretendo mudar. Vou curtir mais a vida porque é tipo o nome da fic atual: "YOLO" (You Only Live Once). Sad but true... então tenho que aproveitar enquanto tá fácil pra mim, enquanto posso...
       Eu lembro que achei chato quando li um blog que eu gostava muito e a pessoa disse que não tinha tempo pra postar por causa do colégio, e eu pensava era que a autora estava arranjando desculpas, nem me colocava no lugar dela... mas agora a entendo perfeitamente. Só se sabe como é quando se passa/está passando por aquilo.
       É isso! Postarei quando tiver disponibilidade. Beijos!

       Oi gente! Eu postei mais um capítulo, mas não sei quando vou postar o doze porque estou viajando. Postei o onze por peso na consciência, mas agora já tá avisado!


Anônimo: obrigada pelo seu comentário no capítulo dez, significa muito! :)

      

       Até daqui alguns dias!

Conteúdo HOT! Se não for maduro o suficiente ou não gostar desse tipo de conteúdo, por favor, não leia.


DEMI OFF



NICK ON
       Ela me olhava sem emoção, como se eu fosse um desconhecido. Aquilo doeu. Demi logo se afastou, me deixando a seguir com o olhar feito um bobo. Aquilo era tudo que eu precisava pra desencanar de tentar alguma chance com ela.
       Depois que ela se foi tentei mudar o foco de meus pensamentos, lembrei inclusive que os garotos iriam para uma balada no final de semana e haviam me convidado, os garotos são: Alex e Taylor. John está muito focado em seu namoro com Katy e só sai com ela, com os amigos só se encontra em nossas casas. Fora? Nem pensar!
       Essa balada seria uma boa... estive indo nessas festinhas recentemente mas não tenho bebido, se fico com alguém é pra comemorar.
       Meu irmão mesmo sem falar muito comigo, estava gostando dessa minha atitude, não ter um homem chegando de madrugada extremamente bêbado, quebrando as coisas, batendo portas e rindo sozinho o fazendo acordar... não ter que suportar isso era um alívio para Andrew. Lamento decepcionar dessa vez irmãozinho... Eu iria beber, beber, beber e beber. Beijar até cansar e fazer tudo mais que tenho direito.

       Ao chegar em casa Andrew estava assistindo TV: raro. Não iria esperar até sábado, era naquela sexta que eu tiraria todo o meu atraso!
- E aí, bro? - dei meus cumprimentos sem esperar por resposta, mas me enganei...
- Oi...
- Ei, vou sair essa noite com os caras. Topa? - ele só me deu um olhar de "o que você acha, querido?". Ok!
       Fui pro meu quarto, deitei em minha cama e liguei pros garotos. Tudo feito!

NICK OFF


DEMI ON
       Depois de um passeio pra distrair um pouco, fui para casa de Katy, ela me esperaria com Avril e Rihanna (ela é legal, mas me recordo bem pouco de nossa convivência juntas).

- E aí, garota!
- Oi Av...
- Entra, as meninas estão na sala preguiçosas. - disse dando uma risadinha.
       Segui Avril e ao entrar na sala de estar me deparei com Katy e Rihanna deitadas no tapete felpudo da salinha.
- Oi Demi... - cumprimentou-me Rihanna, assenti. Katy só sorriu para mim, mas permaneceu em silêncio, por um tempo, claro... Me acomodei no tapete junto a elas e Avril idem.
- Como foi o passeio? - Katy me perguntou.
- Ah, normal. Que tipo de pergunta é essa? Eu só perdi um pouco da memória, não regredi. - falei rindo.
- "Só" um pouco. - Katy falou rindo.
- Tá... e a balada hoje á noite? - Rihanna mudou o foco do assunto esperando pelas respectivas reações. Avril concordou:
- Hm... é uma boa ideia.
- Não para mim. - Katy disse rapidamente - Estou namorando.
- Ok! Então somos nós três... hein Demi?
- Ah, vou sim. - assenti para Rihanna.
- Os garotos vão... Três... vamos desencalhar também né deusas do amor?! - Avril falou sorrindo pervertidamente. Fiquei curiosa...
- Que garotos?
- Taylor, Alex e Nick. O do meio já é meu, beijos e nem vem.
- Credo, você deixa as sobras pra gente? Tô fora. - Rihanna fez cara de nojo.
- Quem são Taylor e Nick?
- Você já agarrou os dois e não sabe quem são?!
- Katy!!! - Avril a repreendeu, ela revirou os olhos.
- Eu... eu o quê? - cuspi as palavras completamente confusa.
- O que você acabou de ouvir, bebê. - Katy disse concentrada em suas unhas. Encarei as outras duas á minha frente sem entender.
- O Taylor sempre te encheu o saco na facul, um moleque. Nick é outro moleque que...
- Que...? - incentivei a olhando nos olhos.
- O que a Katy havia dito. - a referida deu uma risadinha sem ainda tirar os olhos das próprias unhas, lixando-nas.
- Sério mesmo isso? - Rihanna questionou perdida no assunto assim como eu. Avril assentiu com a cabeça meio tímida.
- Gente, não faço a mínima ideia de quem são esses dois.
- Calma... nessa noite você talvez vai conhecê-los... de novo. - Katy falou rindo e debochada. Estou acostumando...
        Mudamos o foco do assunto sem perceber. Taylor e Nick... Ai, ai, tô feito cega em tiroteio.
       Katy contou o quanto estava feliz com seu namoro, falou que John era muito carinhoso, sedutor, romântico........ fatos de início de namoro. As solteiras, tipo eu, combinamos o estilo de roupa, makeup e cabelo para a balada á noite. Foi um fim de tarde/começo de noite legal.


DEMI OFF


NICK ON
       Roupas? Ok. Cabelo? Ok. Perfume? Ok. Estava prontíssimo para ir curtir a noite. Alex combinou de buscar eu e Taylor no carro dele, como ele era pontual, fiquei de boa por um tempo no sofá até que ouvi a buzina do carro dele.

- E aí? Bora?
- Tô de boa. Corre.
       O trânsito estava meio conturbado, mas num final de semana aquilo era típico.
- Tá afim de pegar alguém hoje, Nicholas? - ele me perguntou quando o carro parou no sinal vermelho.
- Com certeza!
- Esse é o Nick que conheço!
       Passamos na casa de Taylor e fomos embora. A balada estava lotada, como sempre, ainda mais por ser uma das mais movimentadas da cidade. Muitas mulheres maravilhosas, nossa, que difícil...
- Aquela ali é minha! - Taylor falou se referindo á uma loira gostosa. Eu iria conferir isso depois de curtir um pouco o ambiente.
       Descemos de boa, enfrentamos a fila quilométrica e entramos. Tocava uma música do Pitbull, a pista já estava cheia considerando que eu estava no meio da fila da entrada. Fui direto pro balcão de bebidas. Cada um dos caras seguiram seus caminhos, claro. Fiquei ali sentado por um tempo apreciando a música que tocava, e as garotas, claro. Tinha uma que dançava com ousadia, costumo correr desses tipos, são as piores. Quero dizer, elas costumam se aproveitar da auto-confiança para querer abusar do ego masculino, ás vezes nos fazendo sentir uns tolinhos. E dão impressão de que não querem ficar com os caras já que dançam sem trocar muitos olhares. Tem homem que curte e acha nada haver, já eu? Tô fora. Gosto das que sabem dosar com timidez e ousadia, é extremamente sedutor.
       Eu já tinha bebido uns três copos de tequila, entontei um pouco devido a perca de costume. A liberdade: era por aquele sentimento que eu estava buscando! Pedi mais um copo, fiz descer goela abaixo sem esperar demais e fui pra pista. Enquanto eu curtia, buscava pelo meu alvo da noite. Eis que bato o olho num grupinho de três garotas, gostosas... mas epa... eu conhecia elas. Confirmei minha dúvida quando notei que duas delas cochichavam e olhavam para mim... Avril e... Demi. Ah, não.


NICK OFF


DEMI ON
       Chegamos cedo na balada, mas ao passar das horas foi lotando, e lotando, e lotando... Não deixamos de curtir.
- Demi... - Avril me chamou.
- Oi?! - perguntei sem parar de dançar.
- Olha aquele cara ali... - ela apontou para um cara branquinho, de barba, olhos misteriosos... opa! Eu conhecia aquele rosto.
- O que tem ele? - indaguei curiosa.
- Ele é o Nick.
- O quê?! - perguntei confusa.
- Você me ouviu! Não quer ir lá falar com ele?
- Eu deveria? - perguntei desconfiada.
- Talvez... sim.
- Ah, eu não tenho coragem!
- Você não lembra mesmo dele?
- Não. Na verdade, nesse fim de tarde eu o vi na praça, ele ficou me olhando...
- Sério?!
- Hm... sim. - falei estranhando a surpresa na fala dela.
- Tá. Deixa eu ver... cara, você devia relembrar dele. - Avril disse preocupada.
       Busquei pelo tal Nick e vi que ele nos observava. Por que eu não me lembro dele?
       O vi vindo em nossa direção. Melhor assim.
- E aí, Avril?
- Oi, Nicholas!
       Ele não me deu bola. Legal.
- Tá sozinha?
- Você não tá vendo a Demi aqui? - ela indagou como se a pergunta dele fosse ridícula.
- Ah... - ele virou para mim - Oi, Demi! - disse virando-se de novo pra Avril.
- Avril, vou buscar uma bebida. - eu avisei. Não ia segurar vela.
- Como?! Claro que não! Quer voltar pro hospital? - revirei os olhos em desaprovação.
- Então Avr... - Nick ia falando até ser interrompido pela mesma:
- Então Nick, essa é a Demi, Demi esse é o Nick. Passem bem.
       Avril saiu nos deixando a sós. Ótimo.
- Você não vai abusar de mim, né? Sabe, as meninas disseram que já ficamos, mas eu sofri um acidente e perdi metade da memória, então não me lembro de você.
       Falei desembestada, ele me olhava assimilando cada palavra que eu dizia com o cenho franzido.
- Peraí... então você não lembra de mim?
       Mexi a cabeça confirmando.
- Então...
       O vi me olhar nos olhos por alguns segundos com os olhos brilhando, então me segurou pela cintura e me beijou. De primeira, hesitei, mas ele não me soltou, deixei levar... o beijo dele me causava arrepios. Mas acabei com isso logo o empurrando.
- Quem você pensa que é pra fazer isso comigo?! - gritei indignada. Ele parecia bastante bêbado... Senti sua boca quente próxima a minha orelha e sussurrou:
- Isso foi pra você nunca mais me esquecer.
       Senti um choque percorrer meu corpo todo.
- Ah, tá. E isso é pra você nunca esquecer do que acontece quando se é um babaca....
       Dei um tapa na cara dele que fez minha mão arder. Saí.

DEMI OFF


NICK ON
       Peraí... perdeu a memória mas não perdeu a ousadia. Já estava bêbado então não dei a mínima pro tapa na cara que eu ganhei dela.
- Opa, o que foi isso? - gritei a puxando pelo braço.
- Isso dói, me solta! - Demi falou nervosa. A puxei para mim, segurando-na em meus braços a assistindo se debater querendo se livrar.
- Escuta: eu não sei que efeito você tem sobre mim, sei que isso me deixa louco! Depois do seu acidente, eu delirei ao saber que você estava em coma. Naquela noite - ela não parava de me dar murros no peito, nem doía. Ri da tentativa fracassada dela - Vê se sossega! Eu beijei a Kim mas querendo beijar a tua boca, eu... fiz sexo com ela pensando em você! Eu não quero mais ninguém além de você!
- Me poupe! Desencana, eu não lembro de você e nem vou lembrar!
- Ah, não?!
       Antes que eu a beijasse, ela chutou onde mais doía, ca...cacete! Ela deu sorrisinho vitorioso para mim. Eu ia me recompor, faria aquilo. Respirei fundo com a expectativa de livrar a dor sem parar de segui-la com o olhar. A segui rápido, mas ela tinha entrado no banheiro. Esperei, lógico. Esperei, e esperei, e esperei, e esperei... Pô, o que ela tava fazendo? Não hesitei em entrar no banheiro feminino... ela não estava lá. Procurei por ela pela balada, não vi nem a Avril e Rihanna pra poder perguntar onde ela estava ou pelo menos se ela estava com elas.
       Sentei no balcão de bebidas e voltei a beber, eis que lá no fundo vejo ela... com um cara. Ah, logo eu acabaria com a graça dos dois! Os segui e não acreditei quando os vi entrar no lugar mais vazio e escuro da balada. Me perguntei porque estava sendo tão imbecil em ir atrás. Ela ia se doar pra um panaca!

- Pára!! Pára!!! - aquele grito... filho da puta! - Pára, por favor!!
- Não. - o babaca a segurava pelo cabelo e abaixou a calça.
- Não! - Demi choramingou.
- Deixa eu calar a tua boca.
       Aquele escuro me agoniou. Eu estava próximo deles, mas ficaria calado. Até que...
- Nã...
- Isso...
       Ouvi Demi gritar de dor e gemer abafado... caralho de escuridão. Quando senti que estava próximo, puxei o primeiro corpo a minha frente, e era Demi. Andei mais um pouco e apalpei um peitoral... éca! Segurei no seu ombro, encontrando o rosto com a mão e dando socos seguidos.
- Ah, linda. Fortinha, hein?
- Linda vai ficar você depois dessa. - dei-lhe um último soco, ele protestou com um gemido.
       O deixei.
- Demi! Eu não vou te machucar!
       Peguei o celular e liguei a luz buscando por ela. Fiquei nervoso. Senti alguém pular em minhas costas... filho da puta! O infeliz começou a me socar, revidei, mas eu por baixo estava difícil.
- Demi! - gritei ofegante sem parar de socá-lo.
- Ah, agora a mocinha se mostrou!
- que cara nojento!
      Tentei escapar, mas sem alternativa. Ia o deixar acabar comigo. Já era mesmo. Apaguei.





- Ei... ei...
       Tentei abrir os olhos, mas não consegui muito.
- É... a Demi. - falou com a voz embargada, meu coração parou por um momento.
- O-on-de eu estou? - consegui proferir as palavras.
- Na balada. Não quis causar barraco. - sussurrou.
- Cadê ele? - sussurrei sem forças.
- Bati nele.
       Ri rouco.
- Só acredito vendo.
       Ela me deu um tapa e eu gritei de dor, logo ouvindo um pedido de desculpas dela. Consegui abrir os olhos e eu estava no colo da Demi. Tentei levantar, mas sem sucesso.
- Ei! - ela protestou - você fica aqui! Espera um pouco.
       Soltei um suspiro.
- Obrigada por salvar minha vida... - ela falou com lágrimas nos olhos, passei o dedo indicador em sua bochecha tentando limpar.
- Demi, eu tenho que ir...
- Não! Eu vou com você, se eu não fosse tão idiota - começou a chorar mas segurou as lágrimas um pouco - você estaria bem.
- Não fala assim! É porque tinha que acontecer. Imagina se aquele canalha tivesse te pegado de jeito? - fiz cara de nojo e ela riu - Não quero nem pensar.
       Ela pegou em minha mão e eu me assustei com o toque. Fomos embora de táxi, ela insistiu para que eu ficasse na casa dela. Sem segundas intenções!



- Entra aí - disse colocando as chaves na mesa. Analisei a casa, bonita e espaçosa.
- Demi, eu acho melhor eu ir.
- Não! - me olhou assustada - Você vai ficar.
- Meu irmão vai ficar preocupado...
- Quem é seu irmão? - a encarei sem entender. Então aquele lance da memória era sério. Outra justificativa pra eu ir embora.
- Andrew.
- A-an-andrew?
       Ergui a sobrancelha.
- Sim...
- Eu conheço ele! Deixa que eu aviso...
- Não... - pedi.
- Por que? - suspirei tenso.
- Eu ligo.


Dez minutos depois

- E aí? - Demi usava um pijama mini. MINI. Eu não podia com aquilo.
- É... avisei.
- Tá. Você pode dormir no quarto de hóspedes.
- Hm.. onde fica?
       Demi me acompanhou até o tal quarto e quis me ajudar com os machucados, mas recusei.
- Não. - disse autoritária - Eu vou pegar os curativos e vou cuidar de você.
- Não quer dar banho em mim também não?
- Acho que você já tá bem grandinho, hein.
       Ela me deixou só no quarto, enquanto pegava a caixinha de emergência. Me banhei, escovei os dentes e saí com a toalha enrolada na cintura e vi Demi sentada na poltrona.


NICK OFF


DEMI ON
       Deus, que visão era aquela? Espero que ele não tenha reparado na minha distração.
- Hm... cama. - pedi evitando olhar para o tanquinho dele. Os machucados de Nick não eram muito leves.
- Ai!!!!
- Nossa... dramático.
- Claro... a dor não é em você!
- Tá... t...
- Ai Demi!!!
- Eu vou te bater. - ameacei irritada.
- Bate. - falou me olhando nos olhos - Bate, quero ver se você é tão capaz disso do que pra me chutar onde... você sabe bem.
- Não brinca porque senão eu chuto de novo.
- Ah, engraçadinha.
- Pronto.
- Obrigada, doutora.
       Eu sorri:
- Por nada.
       Saí do quarto pra ir guardar a caixa de socorros e voltei até o quarto, a porta estava entreaberta. Entrei sem bater na porta.
- Nick...
- Demi!
      Ele estava só de cueca, branca. Eu nem reparei.....
- Ah, não tem nada demais.
- Então fica de sutiã e calcinha na minha frente. Não tem nada demais. Ah, mas pra quê? - ele se aproximou de mim - Esse short já parece uma calcinha mesmo - falou encarando minhas pernas - e essa blusa - ele passou o dedo indicador perto da região dos meus mamilos e riu- tá melhor assim, não precisa nem colocar sutiã.
       Encarei seus olhos e depois seus lábios. Quis beijá-lo, mas ele tomou a atitude antes mesmo que eu fizesse. Permiti passagem de sua língua e ao se encontrar com a minha, recebi com ousadia. Ele pareceu desejar aquele beijo mais do que eu. Pulei em seu colo encaixando minhas pernas em sua cintura, ele me carregou até a cama que estava bastante próxima me deitando nela, ficando sobre mim. Nick deixou marcas fortes em meu pescoço, tirou minha blusinha abocanhando meus seios com sua barba arranhando de uma forma que me dava mais prazer, dei um gemido em aprovação. Ele distribuiu beijos sobre minha barriga, pude sentir a elevação de sua cueca pelo contato de nossas intimidades.
- Por favor... - gemi - não demora.
- Já que você implora. - sussurrou em meu ouvido, seu hálito quente era tentador.
       Senti suas mãos grandes e ásperas tocarem a região da minha cintura deslizando as laterais finas da minha calcinha de renda descendo-na por completo. Ele voltou para os meus lábios e os atacou sem cerimônia. Coloquei meus dedos na barra de sua cueca, tentando tirá-la, mas ele me impediu segurando minhas mãos, aquilo estava me matando.
- Pra quem me esnobou na balada, tá muito assadinha, hein? - Nick parou para olhar em meus olhos. Gemi em desaprovação á sua resistência.
- Tem certeza? - sussurrou em meus lábios.
- Hum hum - respondi com os olhos fechados, já não aguentando mais.
       Ele beijou o meu pescoço e sem parar com a carícia, o assisti retirar seu membro de dentro da cueca, estava completamente ereto. Mordi o lábio esperando por sua atitude.
- Eu...
- O quê? - fiquei irritada.
- Preciso da minha calça jeans.
- Hã?!
- A camisinha Demi.
- Peraí... - comecei a contar com os dedos e Nick me olhou confuso - Tá de boa, não precisa de camisinha.
- Você pirou? - ele disse meio assustado - Eu sou muito jovem pra morrer por descuido, eu vou pegar a camisinha.
       Bufei de chateação e esperei por ele na cama, já agoniada.
- Pronto. - ele sorriu pra mim, soltei um suspiro profundo.
       Nick ficou por cima de mim e me deu um beijo suave. Vestiu a camisinha em seu membro ereto. Logo o sentir adentrar. Ferrei minhas unhas em suas costas.
- Ai...
- Eu tô te machucando? - ele me encarou preocupado ficando imóvel dentro de mim. Mexi a cabeça negando.
       Senti ele acelerar os movimentos, eu gemia sem parar e movia meus quadris com o prazer que estava sentindo. Nick passou a penetrar ainda mais forte e chupava um de meus mamilos, eu não evitava os gritos.
- Você quer que batam aqui na porta perguntando o que está acontecendo? - me perguntou ofegante sem diminuir a velocidade dos movimentos. Mordi os lábios forte evitando mais um grito.
- Hein? - ele passou a penetrar mais forte ainda.
- Assim você está apelando.... - gemi ofegante.
- É?! - provocou penetrando com mais força e me beijando, sua língua quente me excitava ainda mais. Não aguentei e gritei o mais alto que eu pude, Nick gemeu alto, ele também tinha alcançado o clímax. Enfraqueci e Nick descansou seu peso sobre mim, com a cabeça sobre o meu peito. Minha respiração estava a mil.
- Essa foi a melhor noite que já tive até hoje. - ele sussurrou sem fôlego.
- Que venham as próximas. - lhe dei um selinho.

Um mês depois
       Era uma tarde chuvosa de sábado, eu assistia o filme "Titanic". Você deve se perguntar porquê um marmanjo como eu assistiria a esse filme, relembrando que eu estava sozinho. Mais estranho ainda! Estava bastante emocional. "Ugh!", devo dizer? Ah, só porque sou homem não significa que eu devo evitar assistir filmes melodramáticos, não quando estou sozinho. Estava envolvido no momento em que Rose chorava e se despedia de forma tocante de Jack, quando percebeu que ele já havia morrido logo quando avistou um bote. Então o telefone tocou. Xinguei mentalmente por aquele toque ter acabado com o clímax.
- Alô?
- Nick, é a Avril.
- Oi... o que foi?
- Só pra te avisar que a Demi deu os primeiros sinais. Uma lágrima escorreu dos olhos dela quando ouviu a voz da mãe.
       O assunto "Demi" já havia sido deixado um pouco de lado por mim por falta de esperança. As recomendações médicas feitas á dona Dianna eram de que era melhor deixar que sua filha permanecesse naquele hospital e que o transporte dela para qualquer outra cidade, estado ou país naquela situação crítica poderia agravar o estado. Portanto Dianna esteve morando no residencial onde a filha vivia, aqui em Londres. Camilla já havia deixado a cidade e voltado á Madri por causa de sua faculdade. Havia um tempo que eu não via Demi, apenas ligava para a mãe dela para não fazê-la se sentir sozinha. Ela era uma ótima pessoa. Os médicos já não tinham expectativas para Demi, então me afastei para evitar mais sofrimento.
- S-sério? - eu finalmente reagi depois de alguns minutos de tensão.
- Sim!
- Tá... você tá no hospital?
- Hum hum.
- E-eu... vou me vestir e já estou indo até aí. - então desliguei o telefone. Titanic, não foi dessa vez que chorei por sua causa.



       Levei uns quinze minutos pra chegar até o hospital, o trânsito estava um caos! Me dirigi até o local dando passos rápido e segui até o quarto onde Demi estava.
- Oi... posso entrar? - falei com colocando a cabeça para dentro do quarto com a porta entreaberta após ter dado leves batidas. A mãe de Demi deu um sorriso brilhante para mim, assentindo. Ela estava sozinha. Onde estaria Avril?
- Saudade de ver você. Faz um bom tempo que não aparece por aqui. - ela disse com o olhar distante. Apenas sorri fraco.
- Como ela está? - perguntei sobre Demi.
- Ela reagiu. Os médicos não sabem ainda quando ela vai acordar. Mas já foi um ótimo sinal. - Dianna me contou sorridente. Vê-la feliz daquela forma me fazia feliz também. Era tão sincero.
- Você não quer tentar se comunicar com ela? - encarei-na com os olhos arregalados e apontei para mim mesmo com dúvida. Será que eu deveria? Ela assentiu.
       Fui em direção a cama em que Demi estava, a encarei por alguns segundos dando um suspiro profundo antes de tocá-la. Então peguei em sua mão e acariciei. Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha sem soltar sua mão. Ela não correspondeu aos meus atos. Dei um suspiro triste... ou ela estava dormindo ou só não quis reagir.
- Fala com ela... - Dianna me incentivou com um sussurro audível.
- Demi... você pode me ouvir? - perguntei fraco enquanto acariciava sua mão macia e sensível. - É... o Nick.
       Proferi as duas últimas palavras sem força por medo de sua possível reação. Dianna então falou com Demi sem se levantar da cadeira:
- Filha... é a mamãe. Tudo bem?
       Demi não reagiu. Sorri derrotado e soltei sua mão. Então a assisti fazer um movimento quase que imperceptível com a mão que eu segurava. Dei um passo para trás pegando em sua mão novamente, ela apenas moveu fraco o polegar. Dei um meio sorriso e depositei um beijo em sua bochecha, pude sentir sua respiração quente.
       Deixei o quarto me despedindo de Dianna, aquele momento me chocou. Fui pegar um pouco de ar lá fora. Não quis forçar Demi a fazer mais do que podia. Depois daquele tempo todo recebo um sms de Avril se desculpando por não ter avisado que tinha um compromisso.

Duas semanas depois

       Estava descansando no sofá quando recebi a notícia pelo meu irmão de que Demi havia acordado. Meu coração acelerou os batimentos. Eu só acreditaria vendo, mas isso não aconteceria tão cedo. Não queria que ela me visse. Não ainda. Ela tinha muita informação para assimilar depois de passar quase dois meses em coma.
       Andrew havia visitado ela, claro. Nós ainda não estávamos nos falando, não tanto. Só nos momentos necessários, depois da briga que tivemos ele até amenizou seu humor quando se tratava de mim. Ele só agia um pouco indiferente, como se não se importasse, fora isso, o resto era normal.



       Era um fim de tarde de sexta-feira e resolvi ir a uma praça para esfriar cabeça. Já fazia um pouco mais do que uma semana que Demi havia acordado do coma, e eu ainda não tinha a visitado. E pra falar a verdade eu achava melhor assim. Pra nós dois. Eu seguia com os estudos cada vez mais pesados e ela com sua recuperação. Meu irmão a visitava quase sempre, e ele não me falava, eu sabia pelos outros. Mas sempre respeitei essa sua atitude.
       O pôr de sol estava maravilhoso, a temperatura da época era amena e refrescante. Assisti aquela cena bonita respirando o ar fresco, que eu só encontrava ali e na imensa estufa de meu pai. Viajando em pensamentos de repente parei na realidade para observar uma jovem graciosa que vinha na direção em que eu estava. Não era pra falar comigo, óbvio. Ela tinha os cabelos longos e ondulados num tom de mel, usava pouca maquiagem e podia expressar paz em seu olhar. Vestia roupas adequadas para o clima. Ela percebeu que eu observava e olhou para mim... aquela garota era a Demi.

NICK OFF




DEMI ON


       Havia passado tanto tempo que eu não visitava a praça mais refrescante da cidade, então resolvi ir andar um pouco por lá. Eu não lembrava de muita coisa naquele ambiente... segundo os médicos, o coma havia afetado 30% da minha memória. Eu lembrava aos poucos. A única pessoa que não esqueci mesmo foi da minha mãe. De meus irmãos e minha prima Camilla eu lembrava, mas alguns momentos que já passei com eles em minha vida simplismente foram deletados da minha memória. Isso me entristece um pouco.
       Eu lembrava dos meus amigos da faculdade, quero dizer, mais de Katy e Avril, mas quando as vi pela primeira vez depois de acordada era como se elas fossem minhas colegas de primeira semana de aula: sem intimidades e eu agia de forma meia tímida com elas. Com Andrew eu já me senti mais á vontade, mas ainda assim eu o interpretava meio que entrosado comigo, ele tinha intimidade comigo, eu com ele, não tanto.
       Eu estava andando calmamente pela praça quando senti que estava sendo observada. Quando virei meu olhar para a pessoa me deparei com um homem de expressão bastante máscula, cabelos curtos com um leve topete e usava barba. Seus olhos miúdos eram tristes e cansados. Aparentava ter uns 25 anos, e até que ele era bonito. Franzi o cenho. Aquele rosto era familiar... Quem era aquele garoto?




--} Respostas dos comentários no capítulo anterior:

Anônimo: muito bom saber que estou me superando, muito obrigada pelo comentário incentivador! ;)


Cami: ok... agradeço por estar gostando... Rs. Quando as aulas começam fica complicado entrar mesmo: ou estudo ou computador. E não precisa nem ficar em dúvida sobre qual escolher, né... haha, fato. Comente quando puder! Bjs! =)

Ganhei um selinho do blog Histórias.

 
Vou repassar para:
Amizade Colorida
IT'S A NEMI STORY
Jemi One Last Breath
Nemi is Real & Always Jemi
O que surgiu de uma amizade


- Ah... - eu ri nervoso - Nicholas.
       Demos um cumprimento com a mão.
- Umm.. o que você é da Demi? - indagou curioso.
- É... amigo! Somos muito próximos!
       Ele deu uma risada e continuou me encarando de uma forma amedrontadora.
- Amigos? - indagou com ironia erguendo uma sobrancelha. Assenti com a cabeça com certo nervosismo.
- Ah, tô zoando cara! - ele falou dando risada de mim e dando um tapa em minhas costas. Ri nervoso e com certeza ele percebeu.
- Oi... - a mulher loira sorriu para mim, eu idem.
       Ficamos conversando por algum tempo. A irmã de Demi era bastante calada, talvez por ver a irmã caçula naquela situação, mas proferia algumas palavras em alguns momentos. Fui embora uns trinta minutos depois de bater papo com eles que foram bastante legais comigo. O irmão de Demi, Zachary, era bastante sociável, já Dianna - mãe da Demi - era bastante simpática como Demi ás vezes era (maldade da minha parte, eu sei). Como havia dito, fui embora logo.





       Quando cheguei em casa, fui mexer no computador, entrei no Twitter e Facebook e não tinha nada de interessante. Depois estudei um pouco (raro) e quando terminei fui assistir TV, as notícias eram ruins, como sempre. Mudei de canal e no qual sintonizei passava um seriado de comédia que eu não conhecia. Ouvi Andrew chegar em casa, mas pra dizer a verdade eu nem tinha percebido que ele tinha saído... nem me preocupo tanto mais. Como sempre, ele se dirigiu para o quarto dele e se trancou lá, voltei minha atenção á televisão. Mais tarde recebi uma ligação da Katy me convidando para sairmos naquela noite, eu havia pensado no que ela e John haviam me dito e então topei. Ela disse que iriam só os dois e me pediu pra chamar Andrew. Lá vinha encrenca. Falar com meu irmão já tinha se tornado uma prova que eu dificilmente vencia. Pedi pra ela fazer isso por mim mas não tive saída...


- Andrew... - bati na porta do quarto dele - Andrew...
- O que você quer? - perguntou frio. Dei um suspiro profundo.
- É... a Katy me ligou nos chamando pra sair com ela e John essa noite.
- Agradeço o convite, mas não vou poder ir.
       Que novidade! Não falei mais nada, apenas saí de lá. Então pareci perder a sobriedade alguns segundos depois e virei-me voltando para o rumo de seu quarto.
- Andrew! - eu gritei seu nome e batia forte na porta - Andrew, caralho, eu sei que você tá me ouvindo. Abre!
       Uns dois minutos depois assisti a porta ser aberta devagar e fazendo um barulho irritante. Andrew me olhava com o cenho franzido e mordia o lábio inferior, típico de quando ele estava irritado. Ele não falou nada.
- Bem... a Katy me ligou nos cham... - fui interrompido:
- Eu sei disso. Pára de enrolar e fala logo. - falou exaltado.
- Não. Eu não vou parar de - fiz aspas - te irritar. - Me ouça. Katy nos convidou pra sair. Eu pedi pra ela te ligar... porque eu sei que você não negaria o pedido dela nem mesmo com você sabendo que eu iria. Mas ela insistiu pra eu te chamar, e por respeito aos nossos amigos, não aceito que você não vá só porque estamos brigados, sabe-se lá por quais motivos. Então: se arruma, estamos indo agorinha.
       Pelo menos ele me escutou, eu acho. Fui banhar e me arrumar, não vou negar que não sou vaidoso, ás vezes demoro pra me arrumar mais do que mulher! Quando fiquei pronto, fui para a sala esperar meu irmão. Quinze minutos depois. Vinte minutos depois. Caralho, o que Andrew estava fazendo pra demorar tanto?


- Cadê você?! - bati forte na porta. Então ele abriu e vocês não vão acreditar: ele ainda não tinha se arrumado.
- Eu liguei pra Katy falando que não vai dar pra eu ir. - o encarei com uma cara de "seriously man?". Ele estava indiferente á situação. Empurrei a porta do quarto dele e entrei, Andrew só me olhou confuso.
- Eu vou ter que dar uma de mãe que faz pirraça. Putz. Detesto quando me sinto obrigado a fazer esse tipo de coisa! - falei alterado abrindo seu guarda-roupa e escolhendo o que achava que era devido.
       E peraí... as roupas deles eram separadas por cor eu estava pirando? Não, eu não estava, dei uma risada baixa e, as roupas também eram todas dobradas, o que facilitou para mim. Coloquei em sua cama o que eu havia escolhido e sentei na cadeira de seu computador.
- Eu não saio daqui enquanto você não se arrumar. - ele riu de mim e pigarreou.
- Maninho, eu acho que você só vai sair daqui porque vou te expulsar. Sai.
- Andrew, eu não tô brincando.
- E você acha que eu estou? - ele disso sorrindo de canto - Sério, essa cena foi engraçada. Mas... sai.
- Andrew, chega disso! - falei me levantando da cadeira - Cara, nós somos irmãos, desde a barriga da nossa mãe: sempre estivemos juntos! Por que toda essa birra? Só temos um ao outro e você sabe muito bem disso, mas finge não ver! Não mais, aí vem o porquê... Por que?! Por causa de uma mulher que, - soltei um suspiro pesado e falei com a voz rouca - que está numa UTI em estado de coma? E que os médicos não sabem ao menos se ela vai sobreviver?! É por causa disso? Isso é porque a causa de tudo isso você julga ser minha? Me diz o que foi que eu fiz de errado? Eu... - senti meus olhos marejarem - eu só tenho você, irmão. Só você. Eles não mais. E eu sei que isso dói em você da mesma forma como dói em mim, eu sei que você entende a minha dor e eu sei que você também só tem a mim. Além disso, só temos dois tios pouco próximos e uma família de pessoas falsas e interesseiras que se acham donos do dinheiro do nosso pai, mas não dão a mínima para nós dois. São somente eu, você e todo esse dinheiro, infelizmente. Por que tudo isso? Devíamos estar sempre unidos!
- Terminou? - perguntou com a voz embargada e o vi de cabeça baixa, mas logo ergueu olhando para mim com os olhos marejados. - Agora deixa eu falar: e você? Por que usa uma máscara? Desde há quase três anos atrás depois que perdemos nossos pais você se tornou uma pessoa irreconhecível. Egocêntrico, indiferente, que gosta de usar as mulheres e depois jogá-las fora como se fossem lixo. Arrogante, prepotente, cínico, crítico. - ele cuspia as palavras e parecia sentir nojo daquilo que falava. Doía, mas ignorei esse sentimento. - Se eu for falar mais, acho que vamos madrugar aqui nesse quarto. A Demi, eu vou te responder sobre a sua opinião por eu me preocupar tanto com ela. Eu... - ele sorriu tristonho - eu vejo nossa mãe nela. Sorridente, carinhosa, sensível, cuidadosa... Mas e você? Como você a vê? Como um objeto, não é mesmo? Dela você quer o corpo, e o seu interesse nela é devido ao jeito resistente dela, assim como a nossa mãe. Você se lembra quando ela agia dessa forma?
       Eu abri a boca e busquei por palavras.
- Eu sei que você lembra. Quando ela queria ser entendida e amada, ela agia dessa forma. Ela queria que você conquistasse a confiança dela pra assim poder abrir o coração e discutir sobre os sentimentos dela. É isso que a Demi queria de você quando agia de modo resistente ás suas provocações. Mas você nunca percebeu, né? Acatou essa atitude como um modo de chamar a atenção de homens canalhas feito você, que amam uma dificuldade. Sabe, eu acho que é você que tem que repensar as suas atitudes antes de vir julgar as minhas. As minhas atitudes correspondem as suas, e enquanto você não se esforçar pra mudar - ele fechou os olhos por um momento e logo me encarou - ou pra voltar a ser quem você exatamente era, eu vou continuar te tratando da mesma forma a qual você trata as mulheres com quais fica. E isso é ruim, né? É pra você sentir na pele o que as iludidas por você sentem quando não são tratadas com o devido valor que mereciam. Agora... sai daqui Nicholas, por favor.
       Não protestei, apenas obedeci o seu pedido e saí.
       Fui para o restaurante onde esperei por Katy e John. Eles chegaram depois de mim e ficamos quase duas horas conversando e rindo Não falaram sobre o meu irmão, ainda bem. Não queria que aquele turbilhão de emoções viessem á tona tão repentinamente assim como aconteceu lá em casa quando Andrew soltou os cachorros. Não vou negar, machucou, machucou mesmo. Mas fingi que não liguei, logo depois da discussão de relacionamento joguei todos os sentimentos ruins na lixeira. Era isso que eu sempre fazia, então porque se dar ao trabalho de aceitá-los e entendê-los? Doía... e eu não queria sofrer novamente tudo o que eu havia sofrido há quase três anos atrás.





OBS: Vou sempre responder aos comentários por aqui, pois acho melhor assim. :)

~~> Respondendo aos comentários do capítulo anterior:

Anônimo: que bom que está bem! Eu tô dibas. Amo seus comentários! São A+, sério! A próxima fic vai ser Nemi, e sou suspeita pra falar, mas, acho que vai ser uma história bem bacana, haha. Volte sempre!


Kamilla: obrigada por informar que está acompanhando! Haha, pensei que tinha parado de ler...


Emma: obrigada pelo selinho! <3

       Oi gente! Como vão vocês? E tem alguém que ainda está de férias? Eu sim! Haha... Adoráveis anônimos, já agradeci, mas tenho que falar novamente: obrigada mesmo pelos comentários incentivantes! Pensei em prolongar essa fic até o capítulo 30 lendo os comentários, e espero que continuem comentando! Nem que seja 1, haha, só quero saber mesmo é se alguêm lê :) E já tenho uma ideia para a próxima história! (Eu fico enjoada muito fácil, aí quando eu começar a escrever a próxima, no capítulo 5 eu já vou estar pensando na próxima história que quero escrever, haha!). Xoxs <3

NICK ON
       Os dias se passaram lentamente... Pelo menos para mim. Sem Demi indo a faculdade meus dias se tornaram monótonos, não poder provocá-la, rir dela quando eu percebia que sentia ciúmes de mim com outra mulher, sentir ciúmes dela por causa do Taylor ou o meu irmão... ficou sem graça, apenas. Parece bobeira falar assim sabendo da situação em que Demi se encontra, mas juro que é como me sinto. Ficava com Kim algumas vezes, mas nada mais sério. Eu e Andrew nos afastamos, pode parecer impossível os dois morando juntos, né? Mero engano. Ele passou a me ignorar, se estressar fácil com qualquer pergunta que eu fazia a ele, e isso me fez desistir de tentar conversar de verdade. Não estava a fim de perder a paciência.
       Quanto ao caso de Demi, Avril conseguiu contato com a prima dela e a mesma viajou até Londres para visitá-la. Quando a vi... que genética boa era aquela? A garota era linda, não tanto quanto Demi. Camilla causava um efeito em mim, que me fazia perguntar que feitiço ela e Demi usavam, pois a sensação arrebatadora que senti por ela á primeira vista foi a mesma que tive por Demi no primeiro dia de aula. Descobri que Demi tem irmãos gêmeos, um garoto e uma garota, ela era a caçula. Pensei comigo mesmo que, se a prima era como era, não poderia ver a irmã de jeito nenhum! Eu enlouqueceria, se não já estava enlouquecendo... Eu via Demi em Camilla, não sei se isso era sorte ou não, mas ela não ligou muito pra mim, talvez por ficar encarando-na feito idiota. Quando digo que ela e Demi são semelhantes, é porque são! Uma prova para isto é o fato de que ela notava como eu ficava quando ela estava perto de mim mas fingia não notar, e quando dirigia alguma palavra a mim, me tratava como se eu fosse um empregado dela. Aquilo estava me atiçando de uma forma ridícula, eu queria agarrá-la toda vez que me tratava com indiferença. Mas era apenas "abstinência Demi", quero dizer, não poder falar com Demi pela situação em que a mesma se encontrava me fazia desejar a sua prima cuja personalidade era muito parecida á dela, e que me fazia falta de fato. Mas falando sério agora, Camilla passou uma semana aqui, acompanhava a prima direitinho, sempre conversava com os médicos, e acredita que teve a ideia genial de querer que Demi fosse transportada para Madri? Disse que só esperaria a tia chegar aqui para conversar sobre o assunto, mesmo os médicos a informando que aquela não era uma boa ideia... e não era mesmo!




- Hoje á tarde você vai no hospital? - Katy me perguntou enquanto guardava algumas folhas em seu fichário.
- Hm... sim.
       John se meteu na conversa de repente:
- Nicholas, você não acha que tá exagerando?
- Como assim? - indaguei surpreso.
- Tipo, a Demi tá desacordada numa cama de hospital, você disse que a prima dela vai matar aula por quase três semanas pra não deixá-la sozinha, algo que é certo, porque ela é parente, mas você não é.
       Fiquei um pouco irritado com aquilo, poderia ser mesmo que eu estava querendo cuidar demais. Mas a vida é minha e eu faço o que eu quiser.
- E? - indaguei indiferente.
- Eu concordo com o John, Nick. Você tem que se divertir, sair, refrescar a cabeça um pouco... - ouvi Katy dizer com calma.
- Você só pode tá se sentindo culpado, não sei pelo quê... parece que tem um relacionamento com ela. Vocês já ficaram? - John dirigia as palavras diretas olhando em meus olhos, não consegui encará-lo e desviei o olhar, ele logo confirmou com uma risadinha:
- É, ficaram.
       Katy ficou boquiaberta e me olhou tipo "isso é verdade?". Dei uma risada nervosa.
- Ah, nada a ver com o fato.
- Me conta. Agora. - mulheres... revirei os olhos.
- Katy, eu não sou sua amiguinha pra contar "babados" - fiz aspas com os dedos - que acontecem na minha vida. Sai dessa.
       John pareceu se irritar com o que eu disse. Defendendo a namoradinha... é, namorada mesmo:
- Sai dessa você, brother! Você tá se privando de viver por causa de uma garota que nem tem ideia de quem é você, enquanto estiver naquela situação é claro. Espera-se! Quer saber? - levantou-se da cadeira e colocou a mochila nas costas - Essa conversa não vai nos levar a nada, eu vou embora. Tchau. Vamos Katy?
       Ela assentiu, deu um sorriso compreensivo para mim e saindo de mãos dadas com o namorado. Soltei um suspiro profundo. Rotina cruel. Eu estava indo em direção ao meu carro quando fui interditado por Kim:
- Nick... você pode me dar uma carona? - ela pediu com um sorriso doce.
- Claro!
       Desde que Demi esteve no hospital, tenho voltado para casa sozinho, já que Andrew me evitava e parou de ir comigo como era acostumado a fazer ás vezes. Eu não quis puxar assunto com Kim, ela pareceu não se importar e fez:
- A sua amiga está melhorando?
- Não melhorou, nem piorou. - respondi prático. Ela apenas ergueu as sobrancelhas. Acabou que o silêncio dominou. Quando a deixei em casa ela quis dar um selinho de despedida, mas eu desviei, sorri com os lábios e dei um beijo em sua bochecha. Ela sorriu em falso e agradeceu a carona.




Á tarde, me arrumei e fui para o hospital. Você pode se perguntar se eu sendo um estudante de medicina, deveria ficar em casa estudando feito condenado. Mas isso não acontece se tratando de minha pessoa, sempre tive facilidade para lidar com os estudos.




- Garoto, você não sai daqui? - Camilla resmungou quando me viu entrar no quarto de Demi.
- Por que isso te incomoda?
- Não me incomoda.
- Então porque reclamou? - falei erguendo uma sobrancelha, ela revirou os olhos.
- Você é extremamente chato! Como a Demi te aguentava? Por favor!
       Mudei o foco do assunto de repente:
- Alguma boa notícia do médico sobre ela?
- Não... - respondeu soltando um suspiro cansado.
       Ambos ficamos sentados em silêncio por um longo período de tempo. Enfermeiras entravam a todo momento para ver como Demi estava reagindo. Camilla saiu do quarto umas duas vezes pra atender aos telefonemas que recebia, ela me contou que a mãe de Demi chegaria em Londres naquela tarde e então ela iria embora pra Madri no final de semana.
- De qualquer forma, foi bom te conhecer. - falei sorrindo, ela deu risada.
- Você acha? Eu sinto o oposto em relação á você.
- Sempre gostando de estragar o momento em que supostamente nos damos bem.
       Trocamos sorrisos tímidos e de repente, senti nossos lábios selados, eu quase aprofundei o beijo, mas ela parou.
- Isso não é certo. - disse mordendo o lábio sem olhar para mim.
- Realmente... - assenti com nervosismo.
       Ouviu-se uma batida na porta e a pessoa a abriu devagar.
- Posso entrar?
       Puta que pariu. Então aquela era a mãe da Demi? Eu piscava os olhos meio que surpreso, não consegui tirar os olhos dela, a filha teve pra quem puxar tanta beleza.
- Oi, tia! - Camilla levantou-se indo abraçar a mulher loira. Levantei por educação e fiquei de cabeça baixa. A porta então abriu-se novamente, dois jovens de no mínimo 28 anos entraram.**

Putz, que mulher linda era aquela? Fiquei desnorteado. Me senti no paraíso rodeado por aquelas mulheres lindas. O cara era boa pinta... Irmão da Demi não preciso comentar, né. Eu fiquei de olho na irmã de Demi, claro. Eu parecia invisível para eles mas tudo bem.

- Penélope, Zachary... que saudade de vocês! - Camilla falou alto e os três deram um abraço triplo. A mãe de Demi olhava para a filha e pude notar lágrimas escorrerem pelos seus olhos, logo o homem moreno, alto e de barba estava atrás da mãe acariciando seus ombros e observando a irmã com tristeza no olhar. Penélope abraçava Camilla enquanto chorava observando Demi. Fiquei sem jeito com aquela situação. Quis sair do quarto e os deixar lá, pois afinal, era a família dela, e eu era apenas um intruso, não pratiquei o ato pensado por educação.
O irmão de Demi virou-se para mim repentinamente e perguntou simpático e me analisando:
- E quem é você?




**

NICK ON
       Já eram três e meia da manhã quando resolvi ir embora. Andrew foi comigo, já que ele não estava tão bêbado quanto eu. Não tinha condições nem pra falar. Na estrada, fiquei pensando naquela noite e no Taylor agarrando Demi antes de ela ir embora. A mesma passou por mim e fingiu que eu nem existia, mesmo notando que eu a observava. Ah, como eu quis ter a ousadia em puxá-la e fazer tudo que eu pensava em fazer com ela naquele momento que eu estava totalmente fora de mim. Me achei um otário por não agir por medo. Pareci um adolescente nerd virgem apaixonado pela gostosona que o usa e o esnoba, e que só se sente no direito de ter os pensamentos mais obscenos com ela, já que a timidez impede de agir. Mesmo bebado! Que Nick era aquele? Fiquei furioso comigo mesmo. Caralho, como fiquei!
       Acreditam que Kim quis sexo de novo? Ela estava muito embebedada. Tinha tirado a calcinha na pista me provocando, mas pra dizer a verdade ela foi santa comparando-se a outras na pista. Tinha uma garota com cara de no mínimo 15 anos tirando a blusa e deixando os seios á mostra. Mesmo sendo homem aquela cena não me agradou. O que o pai de uma garota daquela pensaria que ela estava fazendo naquele momento? A jovem era intercambista, certeza. Sou inglês e conheço muito bem a atitude das minas inglesas. Elas tiravam a roupa só na frente do cara com qual estava ficando na balada se quisessem sexo. Kim era prova de que não tinha nenhum pouco desse bom senso. Os pais de uma garota como aquela que fez topless deviam estar dormindo de consciência tranquila achando que a filha menor de idade estaria dormindo segura naquela hora da madrugada. Fico indignado!
       Já com o tema "Kim", claro que não recusei sexo. Com a quantidade de alcóol correndo pelas nossas veias nem me lembro direito onde aconteceu. E quanto ao ato nem preciso descrever, né? Mais bêbada do que antes, Kim urrava com cada investida que eu dava. Me perguntava involuntariamente se seus gritos eram audíveis a outros que curtiam a balada. Mas dane-se, estava envolvido demais e bêbado demais pra pensar nisso.



- Nossa, olha aquilo ali. - Andrew referia-se ao outro lado da pista um pouco a frente enquanto esperávamos o sinal abrir.
     Haviam dois carros da polícia, um da ambulância e a perícia. A pista estava fechada pra passagem. Dois carros estavam envolvidos na parada, um deles pareceu ser jogado para fora da pista e outro, um conversível estava destroçado na pista e capotado, o lado do motorista estava acabado. Nada se aproveitaria daquele carro para ser usado novamente, ia direto pro ferro-velho! Dois corpos estavam cobertos com um pano branco no chão e vi somente um cara sendo carregado numa maca. Putz, foi sério! Chegando bem mais a frente no próximo sinal, ficamos ao lado da pista á esquerda.
- Espera aí, aquele carro é da Demi?! - ouvi Andrew indagando ou afirmando desesperado. Desesperei também ao pensar na possibilidade.
- Vamos lá ver... - eu disse num sussurro desesperado quase inaudível.
       Andrew estacionou o carro e descemos, atravessando a rua quase correndo mesmo o movimento de carros sendo quase nulo.
       Andrew surtou quando chegamos mais perto. Fui no ritmo. Com o desespero lembrei involuntariamente que nossa situação não era das melhores para ficarmos perto da polícia.
- Brother, vamos sair daqui. Estamos bêbados, lembra? - eu disse com um sussurro.
- Porra Nicholas, cala a boca! O carro é da Demi! Somos os únicos que conhece ela aqui!
       Quis matar meu irmão. Seus gritos atiçaram os policiais presentes, obviamente. Seus olhos só lacrimejavam. Não me senti bem com aquela situação: acidente, Demi, alcóol. Tudo isso não se encaixava direito na minha cabeça, não naquele momento no qual eu estava envolvido.
- Tá louco? Eu vou embora. - sussurrei e o deixei lá.
       Fui andando no rumo de casa, de onde estávamos até chegar em casa já estava perto. Até que me perguntei o que eu estava fazendo, e se fosse mesmo a Demi que tivesse sofrido aquele acidente? Comecei a chorar. É, a chorar. Mas não me virei para olhar pra trás e nem parei de andar. Eu estava mamado. Porra, o que foi que eu fiz?!
- Ei rapaz, volta aqui! - policialzinho de merda me fez virar quando eu estava chorando. Que situação!
- Fica parado aí!
       Ergui minhas mãos para o alto e abaixei a cabeça. Ouvi seus passos cada vez mais próximos. Quando ele me virou meus olhos só lacrimejavam, ainda bem.
- Sinto cheiro de alcóol. Você bebeu?
       Não respondi. Ele alterou o tom de voz:
- Bebeu?! Me responde, não tá ouvindo?!
- Sim. - respondi firme.
- Venha comigo. - ele prendeu meus pulsos com algemas e me levou até o local onde Andrew estava. Ele também estava algemado. Otário.
       Fizemos o teste do bafômetro que indicou que o índice de alcóol ingerido por mim era alto. Já a quantidade que Andrew ingeriu não o colocava em perigo no trânsito. Vi o carro da ambulância partir. Não sei o que tanto faziam afinal.
- Quem estava dirigindo? - um dos policiais perguntou. Andrew disse que era ele. O cara nos olhou com desconfiança.
- Senhor... - Andrew sussurrou. Eu o olhei com ódio tipo pedido de mandar calar a boca e o policial o mandou ficar em silêncio. Foi bem feito.
- Senhor...
       Alguém me segura porque se não vou cuspir na cara do Andrew pra ele largar de panaquice.
- Qual é moleque?! Não te mandei calar a boca?!
- Eu vou falar, eu quero falar! Eu conheço a garota que sofreu o acidente! Só me diz se ela está bem! - ele disse quase aos prantos. Que encanação era aquela com a minha Demi? Minha. Sim.
- Andrew cala a boca! Eu bebo demais e você que confronta o policial?! Caraca! - as veias do meu pescoço chegavam até a ser visíveis com minha fúria.
- Ah, conhece? - o policial se virou pra nós respondendo a Andrew. Pude sentir um tom de sarcasmo em sua voz. - Ah, arranja outra desculpa. Falando nisso, entrem no carro.
       Andrew entrou mas protestando. Descreveu Demi da cabeça aos pés, disse sua idade... mano, que porra era aquela? Se não estivesse algemado, eu daria um tapa em sua cara.
- Tá, tá moleque... discutimos isso na delegacia.
       Eu estava revoltado com meu irmão. Só não falei poucas e boas pra ele por receio de levar umas biscas do policial metido a valentão. Quando chegamos na delegacia, quase que fomos punidos. Tentei lembrar de alguém pra nos socorrer e John me veio a cabeça repentinamente: ele não bebia alcóol desde quando descobriu que tem problema de rins. Então falei que conhecia um responsável. Ligaram pra ele algumas vezes e na quinta tentativa (implorada por mim, se fosse por eles já estaríamos atrás das grades) ele finalmente atendeu. Nos falamos e então ele foi lá e teve que pagar pra nos livrar. Andrew parecia um louco, não pensava em nada a não ser em como Demi estava.


- Cara, te amo! - agradeci John o abraçando de lado, Andrew só deu um sorriso grande com os lábios.
- Qual foi a tua Andrew? - indagou John calmo.
- Hm? Ah, nada.
- Tá... - ele disse num tom de ironia.
       No caminho para casa ficamos em silêncio. Apenas Andrew parecia inquieto. Fiquei me perguntando se ele estava gostando da Demi, mas provavelmente não, ele sempre foi do tipo preocupado. Parece um pai e isso chega a ser chato ás vezes.
- Valeu irmão! - agradeci - Te pago na facul. Desculpa ter estragado tua noite.
- Nem vem... e minha noite já foi escrita, esse foi só um imprevisto irrelevante - ele disse dando um sorrisinho.
- Obrigada mesmo John. - Andrew falou calmo e John assentiu.
       Quando deitei em minha cama não pensei em nada, só fechei os olhos. Bons sonhos para mim.

No dia seguinte

       Acordei quase no horário do almoço. Ah, como amo finais de semana. Fiz minha higiene matinal, tomei um bom banho e fui pra sala assistir TV. Não tenho o costume de tomar café, então nem ligo. Senti falta de Andrew, ele costuma acordar cedo. Fui procurá-lo em seu quarto e estava trancado. Então ouvi o final de uma conversa:
"Ah... tá bom, tá bom. Obrigada por avisar, de verdade. Então quando for o horário da visita, eu vou (....) Tá, tchau."
       A voz dele parecia bastante tensa. Pra evitar que visse que eu estava o espionando, saí de perto da porta o mais rápido possível.

- Tá indo aonde, cara?
- Hã? - ele parecia bem disperso. No mínimo, nem me ouviu.
- Onde você vai?
- Ah... - engoliu seco e olhou pro chão - vou ver... alguém.
- É a Demi, né? Pô, admite que gosta dela. Não tem nada demais.
- Mas não vai mais olhar na minha cara, né? - disse sincero - Relaxa, talvez a Demi nem saiba que nós existimos mais. Vai ter que conquistar ela de novo. - disse frio. Que papo era aquele de "nem saiba que nós existimos mais"?
- Qual é Andrew? Andou fumando? - questionei com seriedade. Ele estava maluco.
- A Demi tá na UTI em estado grave Nicholas. Tá bom pra você? - ele falou desaforado e saiu batendo a porta.
       Ele só podia estar brincando... Senti meu corpo enfraquecer. Me levantei do sofá num pulo e corri atrás dele.
- Peraí! Como é que é?
       Ele deu um passo para trás, mas sem se virar para mim.
- Foi o que você ouviu. Lembra do acidente nessa madrugada? Pois é.
       Notei um tom de melancolia em sua voz. Ele então partiu, gritei seu nome para que me esperasse, mas ele não deu a mínima. Chamei por um táxi e pedi para que o seguisse. O caminho para o hospital era longo, foram no mínimo 15 minutos para chegarmos até lá. Paguei o passeio e segui meu irmão sem que ele me notasse. Coloquei óculos de sol para garantir, mesmo não garantindo nada, pois se ele me visse saberia que era eu. Entrei no hospital e continuei o acompanhando, até que ele parou na recepção em busca de informação ou pegando autorização para visitar Demi, não tenho certeza. Me sentei numa cadeira a sua espera, mas pensei que não poderia segui-lo e entrar com ele sem pegar autorização. Que seja. Me viraria depois, tinha que ver Demi. Quando ele seguiu o corredor a frente esperei um pouco pra disfarçar e depois o segui. Antes que ele abrisse a porta, segurei seu braço.
- Nick?! O que está fazendo aqui?
- Te segui.
- Vai embora. - ele ordenou. Franzi o cenho.
- Não, eu não vou.
- Nick, sério, sai.
- Ei, por favor, me deixa entrar com você. Eu fui um idiota nessa madrugada, eu sempre sou. Me perdoa. - meus olhos marejavam.
- Não é pra mim que você tem que pedir perdão. É pra Demi. Mas - ele mordeu o lábio inferior, me olhou nos olhos e continuou a falar, porém com zanga:
- Ela tá em coma. Nem sei se vai abrir os olhos novamente. Por que você sempre foi tão egoísta? Acha que brincando com os sentimentos dos outros você consegue vencer? Não, você não vence, você nunca vence Nicholas. Pare de enganar a você mesmo.
       As palavras dele foram como um tiro no meu peito. Ele entrou, fechando a porta na minha cara. Eu desabei numa cadeira ao lado, coloquei as mãos na cabeça e chorei. Pensei nas palavras que ele havia me proferido... eu estava mesmo deixando o ego tomar conta de mim? Chorei até cochilar.


- Nick? Nick!
       Abri os olhos meio assustado e vi Avril em minha frente.
- O que aconteceu com você?
- Hã? - eu ainda estava meio desnorteado - Cadê o Andrew?
- Tá com a Demi, não?
- Faz quanto tempo que você chegou? - questionei esfregando os olhos.
- Uns cinco minutos.
- Posso... posso vê-la?
- Sim, ué. Família e amigos podem visitá-la nesse horário!
- Ninguém vai me impedir?
       Ela riu um pouco.
- Não!
- Oi Avril... - Andrew saiu do quarto, quando me viu, olhou feio para mim.
- Oi! - ela o cumprimentou e virou-se para mim - Você quer entrar primeiro?
       Meu irmão me olhou furioso, se despediu de Avril e disse que ia embora.
- Eu quero. - assenti sorrindo.

Quando entrei vi Demi acolhida perfeitamente na maca. Por mais que doesse pensar assim, parecia que ela descansava em paz. Seu rosto estava bastante machucado e algumas marcas avermelhadas logo tornariam-se um tom arroxeado. Cheguei mais perto e apoiei minhas mãos de leve em seus braços, levei uma delas a sua bochecha acariciando-na. Fiquei por pouco tempo ali, era a regra de visita. Antes de sair não resisti e selei nossos lábios, um selinho rápido, e saí.
- O que os médicos disseram? - perguntei Avril segurando a porta entreaberta.
- Não é grave. Mas corre 45% de risco de vida, segundo o doutor. Não se sabe o que vai acontecer. Só o tempo... ah, e ela não precisa de aparelhos pra conseguir respirar. Isso é bom.
- Entra e depois conversamos mais. - sorri abrindo a porta pra ela. A esperei no corredor, oito minutos depois ela saiu, ela estava chorando. A abracei e ficamos assim por um tempo. Ela soltou um suspiro pesado soltando-se dos meus braços.
- Tenho que avisar a prima dela... - disse.
- Você tem algum tipo de contato com ela?
- Não. Mas os objetos que Demi carregava no carro ficaram ilesos. O celular é um desses. Só não lembro o nome de sua prima. Mas nada que as redes sociais não resolvam.
- Quando tá pensando em avisá-la?
- O mais rápido possível.
- Como foi esse acidente?
- Não me explicaram direito. A Sara também tá envolvida, mas ela sofreu ferimentos leves e já está de repouso em casa. O ex-namorado dela com dois capangas dele a captaram na balada. Pelo que parece, o acontecimento já estava marcado. Quando a Demi ia embora, ligou em Kristen que ficou na festa e depois em Sara, que não atendia. O cara estava com o carro estacionado atrás do carro de Demi, a seguiu, ligou nela pelo celular da Sara ameaçando-na. Tudo iria acabar bem se quando a polícia tivesse chegado não tivessem atirado em um dos pneus traseiros do carro, o fazendo perder controle e capotando no rumo ao carro da Demi, o arrastando e estava do lado do motorista. Os dois capangas morreram e o autor da armação já foi prestar depoimento na delegacia. E o policial que atirou também. O envolvimento da Demi foi muito estranho. Uma armação e tanta. Foi tudo muito estranho.
- Mal-amado... - eu falei num sussurro.







--> Anony, fico muito feliz por estar gostando!! Tá aí o capítulo VII, como prometi. Boa leitura! :D